As prisões de imigração em tribunais serão mais limitadas do que no governo do presidente Donald Trump, em uma mudança de política anunciada pelo governo Biden.
Os agentes de imigração e fiscalização alfandegária não estariam mais autorizados a realizar prisões de rotina em tribunais, uma prática que o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, disse que desencoraja as pessoas de comparecer a audiências judiciais e cooperar com as autoridades policiais.
O ICE pode fazer prisões em tribunais em casos que envolvam questões de segurança nacional ou se a pessoa representar uma ameaça à segurança pública. Os agentes também podem prender alguém que é alvo de uma perseguição ativa ou que as autoridades suspeitam que possa destruir provas em um processo criminal, disse Mayorkas em um comunicado anunciando a nova política.
Alguns defensores acreditam que a nova política não vai longe o suficiente. Naureen Shah, advogado sênior e conselheira política da American Civil Liberties Union, disse que as exceções para a segurança nacional e pública são muito amplas e a mera presença de autoridades de imigração perto de tribunais pode fazer com que as pessoas tenham medo de buscar proteção legal, sejam as prisões feitas ou não.
Shah pressionou a administração Biden a também limitar a presença de ICE em escolas e hospitais, restringir o uso da força e acabar com a prática de trabalhar com as autoridades locais para ajudar nas deportações. A nova política faz parte de um realinhamento mais amplo da política de imigração sob Biden, cujo governo reverteu algumas das medidas mais restritivas de seu antecessor.
Em fevereiro, o governo instruiu o ICE de forma mais ampla a se concentrar apenas nas pessoas que representam uma ameaça, que cometeram crimes graves e crimes sexuais, ou que têm condenações recentes por dirigir sob o efeito do álcool.
As prioridades são semelhantes ao que foi feito sob o presidente Barack Obama, mas são mais restritivas do que sob Trump, cuja administração procurou prender e remover qualquer pessoa ilegalmente no país, independentemente de histórico criminal ou laços com a comunidade. Além de itensificar as apreensões de rotina os agentes tinham 'carta branca' para deterem familiares, amigos ou testemunhas que poderiam ser deportadas devido ao seu status imigratório.
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